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Livros de papel
Aqui na França fala-se muito de um certo receio quanto ao futuro dos livros em seu formato tradicional, ou seja, impresso em papel. Não sou do tipo nostálgico nem daqueles que recusam a tecnologia mas, para mim, sentar em uma espreguiçadeira ou em uma rede, no jardim ou na praia e folhear um livro é um dos grandes prazeres da vida, como também o é entrar em uma livraria, ler os títulos dos novos lançamentos, procurar o nome de um autor querido nas prateleiras, conversar com o vendedor e saber mais sobre o que está acontecendo no universo literário do lugar onde nos encontramos. Adoro o cheiro de livro, seja ele novo ou velho, em grandes livrarias ou em sebos.
Recentemente li um artigo no jornal carioca O Globo que me inspirou essas linhas porque ele me fez pensar em um outro aspecto que também faz do livro de papel um objeto único e insubstituível: a dedicatória escrita pela mão do autor ou daquele que oferece um livro. Porque o gesto de oferecer um livro vai muito além do objeto dado, mostra que você conhece aquele para quem o livro é destinado, seus gostos, seu humor ou, quando não, revela seu interesse em compartilhar uma descoberta, um país, uma história que o transportou, o enriqueceu, o transformou. E a dedicatória fixa, então, aquele momento, como uma fotografia dos sentimentos e da relação que existia entre aquele que oferece e aquele que recebe o livro em questão. O link que deixo abaixo é a íntegra desse artigo do jornal O Globo que mencionei acima, ele fala de livreiros que encontraram em seus livros antigos dedicatórias que contam histórias de vida, namoros, flertes ou amizades, algumas com final triste outras com final feliz, todas, contudo, emocionantes. Convido-os a lerem-no antes de comprarem seu ipad.
http://oglobo.globo.com/rio/ps-eu-te-amo-6826279
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Commentaires
Oi Amiga! muito bom post e adorei ler o artigo do Globo! emocionante! Beijos