• Fidus interpres

    Todos nós, tradutores, sabemos que, apesar dos esforços de sindicatos e profissionais da área nesse sentido, nossa profissão não é regulamentada o que muitas vezes torna a obtenção ou mesmo a partilha de informações bastante complicada. Quando comecei a me documentar sobre ela, um livro me foi extremamente útil pelo seu pragmatismo, por abordar temas essenciais e práticos da profissão que abrangem desde a classificação das suas diversas áreas de atividades aos mecanismos do mercado, passando pelo uso das importantes ferramentas técnicas ou questões ligadas à terminologia, incluindo outras um pouco mais subjetivas, como as representações existentes sobre os tradutores ou o que faz um bom ou um mau tradutor, todas baseadas na longa experiência de seu autor Fábio M. Said. Esse livro intitula-se Fidus interpres. A prática da tradução profissional, foi publicado em 2010 e uma segunda edição foi feita em 2011 mas será retirado de circulação em 2013. É um livro que eu definitivamente recomendo. Os interessados encontrarão abaixo os links para uma eventual compra ou para folhearem as primeiras páginas.  

    Fidus interpres

     

    Para quem se encontra no Brasil:

    https://clubedeautores.com.br

    Para quem se encontra fora do Brasil:

    http://www.lulu.com

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    Tradução editorial

    Desde que decidi me dedicar integralmente à tradução, tenho pesquisado e lido muito à respeito dessa profissão. Tenho percebido o quanto ela é versátil, muitos tradutores podem inclusive não reconhecerem-se em aspectos diferentes de um trabalho que permance, contudo, fundamentalmente, o mesmo. Digo isso porque percebi que estou tornando-me uma tradutora editorial. Embora não seja a especialização da tradução mais bem paga, é a que melhor me corresponde, em particular nesse momento da minha vida. Apesar de termos um prazo determinado por contrato para terminar a tradução de um livro, não temos aquela pressão cotidiana que ocorre quando trabalha-se para agências ou mesmo para clientes diretos que precisam, quase sistematicamente, de seus trabalhos para "ontem" e que uma pessoa não-competitiva como eu tem dificuldade em suportar. E mesmo que eu tenha, até então, traduzido livros da minha área, as ciências humanas e sociais, tenho conhecido novos autores e descoberto temas ricos e interessantes, como o livro que acabei de terminar. Falarei sobre ele mais tarde, quando já tiver sido publicado. Porém, devido à necessidade de uma grande concentração e a impossibilidade de fazê-lo sem uma distância crítica para uma releitura que somente o tempo permite, não é um ramo da tradução que pode ser exercido por aqueles que dependem financeiramente exclusivamente disso. Geralmente ela é exercida em paralelo por professores ou áreas afins. Quanto ao livro sobre o qual falarei no decorrer desse ano, ele me permitiu superar o rude inverno alsaciano com bom humor e satisfação.

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  • Aos tradutores e tradutoras, amigos e amigas, ilustres leitores desconhecidos, desejo um 2013 cheinho de belos projetos literários, textos fecundos, leituras agradáveis e traduções enriquecedoras.

    Que venham novos autores, que os clássicos sejam relidos e mesmo sob novas formas, que o livro esteja sempre em nossas vidas. Que seus conteúdos sejam sempre ricos e instigantes, que nos façam viajar, aprender e crescer.  

     

     

     

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  • Antropologia e traduçãoMuitos se surpreendem com minha conversão profissional quando passei da antropologia à tradução por não conseguirem perceber um vínculo entre estas duas profissões. Eu, pessoalmente, vejo a evolução da minha trajetória profissional como uma evidência. O que seria a antropologia, ou pelo menos a antropologia cultural, senão a tradução de uma cultura em uma linguagem compreensível para uma outra cultura? E nesta categoria eu incluo não somente a cultura dominante de uma sociedade mas também uma certa cultura familiar, a cultura particular de uma determinada camada social ou mesmo aquela percebida em uma determinada empresa, objetos de estudo da antropologia contemporânea, entre muitos outros. Claro que essa é uma imagem redutora da antropologia, disciplina rica em noções e conceitos que são indispensáveis às Ciências Humanas em geral. Contudo, a atividade que exerço, hoje, reúne harmoniosamente as minhas duas paixões, aquelas às quais me dedico desde a adolescência: o francês, que comecei a aprender aos 15 anos de idade e o estudo de civilizações cujas ferramentas de observação e análise me foram fornecidas pela antropologia. Pois uma tradução literária ou científica vai muito além do conhecimento de dois idiomas. É necessário entender as diferentes tonalidades interpretativas que se escondem por trás de uma expressão, apreender o sentido dissimulado em um "falso amigo" ou mesmo o humor próprio a cada grupo particular que somente um conhecimento profundo do contexto no qual o texto a ser traduzido foi produzido pode revelar.

    A maioria dos meus amigos sabem que durante muitos anos busquei um equilíbrio pessoal através de diversas atividades profissionais. Hoje posso dizer com convicção que o encontrei.  

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  • Dia 30 de setembro, dia do tradutorDia 30 de setembro é comemorado o Dia do Tradutor. Esse ano, o Centro Europeu das Associações dos Tradutores Literários promoveu um concurso internacional de curtas metragens intitulado Spot the translator, a fim de divulgar o trabalho do tradutor, mostrando as dificuldades e os desafios que encontramos cotidianamente assim como a importância de nosso papel na literatura. A criatividade dos participantes tornou a escolha difícil. O primeiro prêmio foi dado ao vídeo Texts don't translate themselves pela simplicidade e clareza de sua mensagem e o segundo prêmio ao curta A tradução é um trabalho difícil mas alguém tem que fazê-lo, que aborda as dificuldades as quais são confrontados os tradutores por um ângulo cômico. Ambos são excelentes. Julguem vocês mesmos:

    http://www.youtube.com/embed/SmkiDwzVY8w

    http://player.vimeo.com/video/48692107?title=1&byline=1&portrait=1

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