• O templo Haedong YonggungsaMagníficos templos budistas são onipresentes na Coreia e seria difícil falar de todos os que visitamos. O templo Haedong Yonggungsa merece, contudo, uma página à parte devido a uma particularidade essencial: ele foi construído na beira do mar, enquanto a grande maioria dos templos, em todo caso na Coreia, situa-se nas montanhas. Ele é assim chamado o santuário aquático budista. Ele fica à aproximadamente 10 kilometros de Haedundae, o bairro onde morávamos na cidade de Busan, no sul da península. A localização e a vista deste templo são belíssimas.

    Segundo as informações que obtive, esse templo foi construído em 1376 e preserva profundamente os conceitos religiosos do budismo, mais que qualquer outro templo, pois reúne harmoniosamente o mar, o dragão e o grande Buda de ouro (ver fotos). Conforme a lenda, o grande Buda de ouro teria surgido nas costas de um dragão perto do mar. Sua imagem é venerada até os dias de hoje.

    Uma outra particularidade deste templo são os 108 degraus e lanternas de pedra que circulam uma paisagem de rochas que devemos subir para atingirmos o topo.

    No Ano Novo, visitantes vêm apreciar o primeiro nascer do sol do ano aqui no templo Haedong Yonggungsa pois este é um dos pontos mais ao leste do país.

    E na saída, podemos degustar pequenas crepes de feijão mulatinho, delicioso docinho coreano que não é, para minha felicidade temporal, exclusivo àquele lugar. 

               O templo Haedong Yonggungsa          O templo Haedong Yonggungsa         O templo Haedong Yonggungsa

               O templo Haedong Yonggungsa          O templo Haedong Yonggungsa         O templo Haedong Yonggungsa

    Partager via Gmail Yahoo! Blogmarks

    votre commentaire
  • A cerimônia da Lua Cheia

    Naquela época procurei em livros, na internet e em brochuras mas não encontrei em lugar nenhum. Porém assisti ao vivo e à cores à cerimônia da lua cheia de 2008, que comemora a aparição da primeira lua cheia do ano de acordo com o calendário lunar que naquele ano ocorreu no dia 21 de fevereiro. Perguntei, então, a uma das minhas amigas coreanas que me explicou o significado desta festa que reproduz rituais da sociedade agrária em plena cidade de Busan, que me explicou:

    Na primeira lua cheia do ano, as famílias se reúnem em volta de uma fogueira para dançarem e cantarem em homenagem à lua e ao mesmo tempo para pedirem-lhe proteção para a lavoura. As roupas tradicionais usadas na festa reproduzem as roupas de uma rainha da época do reinado de Silla que institutiu esta cerimônia. O prato servido é o arroz de cinco grãos, um dos pratos tradicionais na Coreia, preparado com arroz, feijão, vagem, cevada e milho, provavelmente para sugerir a abundância da colheita. A fogueira era acendida para destruir os insetos nocivos às plantas e afugentar os maus espíritos e tornou-se um símbolo. 

    Naquele ano essa festa foi realizada na praia de Haeundae, onde eu morava. Uma árvore de aproximadamente 10 metros foi reproduzida e colocada na areia. Em torno dela, grupos de danças e músicas tradicionais se apresentavam, vários oradores fizeram discurso em um palanque e às 18h colocaram fogo na árvore que se transformou em uma imensa fogueira. As milhares de pessoas que se empurravam para ver de perto os eventos começaram a sair correndo na direção oposta daquele fogo assustador, daquela fumaça preta e das pequenas brasas que caiam sobre nossas cabeças. 

    Foi extremamente rico e edificante assistir a esse evento, mas advirto aos interessados que previnam-se sobre uma eventual imolação, claro que estou exagerando um pouco, porém, embora eu não seja materialista, até hoje lamento meu casaco preferido, queimado durante a festa...

              A cerimônia da Lua Cheia    A cerimônia da Lua Cheia     A cerimônia da Lua Cheia     A cerimônia da Lua Cheia

    Partager via Gmail Yahoo! Blogmarks

    1 commentaire
  • LivrosAqui na França fala-se muito de um certo receio quanto ao futuro dos livros em seu formato tradicional, ou seja, impresso em papel. Não sou do tipo nostálgico nem daqueles que recusam a tecnologia mas, para mim, sentar em uma espreguiçadeira ou em uma rede, no jardim ou na praia e folhear um livro é um dos grandes prazeres da vida, como também o é entrar em uma livraria, ler os títulos dos novos lançamentos, procurar o nome de um autor querido nas prateleiras, conversar com o vendedor e saber mais sobre o que está acontecendo no universo literário do lugar onde nos encontramos. Adoro o cheiro de livro, seja ele novo ou velho, em grandes livrarias ou em sebos.

    Recentemente li um artigo no jornal carioca O Globo que me inspirou essas linhas porque ele me fez pensar em um outro aspecto que também faz do livro de papel um objeto único e insubstituível: a dedicatória escrita pela mão do autor ou daquele que oferece um livro. Porque o gesto de oferecer um livro vai muito além do objeto dado, mostra que você conhece aquele para quem o livro é destinado, seus gostos, seu humor ou, quando não, revela seu interesse em compartilhar uma descoberta, um país, uma história que o transportou, o enriqueceu, o transformou. E a dedicatória fixa, então, aquele momento, como uma fotografia dos sentimentos e da relação que existia entre aquele que oferece e aquele que recebe o livro em questão. O link que deixo abaixo é a íntegra desse artigo do jornal O Globo que mencionei acima, ele fala de livreiros que encontraram em seus livros antigos dedicatórias que contam histórias de vida, namoros, flertes ou amizades, algumas com final triste outras com final feliz, todas, contudo, emocionantes. Convido-os a lerem-no antes de comprarem seu ipad. 

    http://oglobo.globo.com/rio/ps-eu-te-amo-6826279

     

    Partager via Gmail Yahoo! Blogmarks

    1 commentaire



    Suivre le flux RSS des articles
    Suivre le flux RSS des commentaires